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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ACELERAMOS O CITROËN DS5, "ESPAÇONAVE" DE R$ 124.900



Crossover chega ao Brasil com visual futurista e motor 1.6 turbo de 165 cv



Citroën DS5 (Foto: Citroën)
Até parece uma espaçonave, mas é mais um integrante da linha DS, da Citroën, que acaba de chegar ao Brasil. O DS5, maior membro da família, é o segundo a desembarcar por aqui — primeiro veio o compacto DS3. O DS4, intermediário, começa a ser vendido em março. O crossover chega às concessionárias nesta semana por R$ 124.900, equipado com o polivalente motor 1.6 THP, feito em parceria com a BMW. O modelo aposta no espaço interno e no visual exótico para conquistar quem procura algo “além” do conceito premium.
E a palavra “além” foi repetida por todos os executivos da Citroën durante a apresentação do DS5. “É um carro para quem quer algo além do premium, do esportivo. É um conceito ousado, com acabamento de luxo e linhas diferentes de tudo que estamos acostumados”, explica o diretor geral da Citroën do Brasil, Francesco Abbruzzesi. Isso porque o modelo fabricado em Sochaux, na França, é um crossover, palavra que muitas vezes é associada aos jipinhos, mas define um carro que mescla categorias distintas de automóveis. Nesse caso, o DS5 é um mix de cupê com perua e, porque não, um hatch.
Citroën DS5 (Foto: Citroën)
Com 4,52 m de comprimento e 1,82 m de largura, o DS5 impõe respeito por onde passa, e chama atenção pela linha de cintura alta e os detalhes cromados. O principal deles liga os faróis às colunas dianteiras, em formato de espada. “Ele define todo o refinamento que demos a este carro”, explica Fabien Darchen, responsável pelo estilo da Citroën do Brasil. Vale destacar também o vidro espia traseiro, feito de policarbonato. “Tem uma forma tão arrojada que seria impossível fazer a peça com vidro”, orgulha-se o chefe de produto da Citroën, Jeremie Martinez.
Por dentro, o modelo segue o refinamento tanto nas linhas, como no acabamento. Ele traz bancos com desenho especial, simulando grandes tranças, além de apliques de alumínio nos puxadores de porta e painel. “É um couro que você só encontra em Mercedes Classe E e Maserati, extremamente refinado. Também não temos apliques, aqui tudo é real, como os puxadores de alumínio. Isso agrega valor ao carro”, diz Darchen.
Citroën DS5 (Foto: Citroën)
Ao volante do DS5
Dirigimos o modelo por cerca de 100 km e pudemos comprovar o comportamento do DS5, que está mais para um sedã do que para um cupê esportivo. A posição de dirigir é relativamente alta e traz a sensação de se impor em meio ao trânsito. O console alto também envolve motorista e passageiro, que contam com ar-condicionado de duas zonas. Os bancos dianteiros oferecem regulagem elétrica e massagem. O sistema de multimídia traz navegador por GPS e combina com o moderno display elevado na direção do vidro.
Embora mantenha o mesmo motor 1.6 turbo do pequeno DS3, o DS5 não apresenta uma condução esportiva, sobretudo pelo peso de sedã grande: 1.480 kg. O que não significa que o desempenho seja fraco nas ruas e estradas. Lembra o desempenho de um sedã 2.0. O câmbio automático de seis marchas tem trocas rápidas, mas às vezes causa trancos nos ocupantes. As trocas podem ser feitas pela manopla do câmbio - não há borboletas.
Citroën DS5 (Foto: Citroën)
A suspensão firme privilegia o conforto. As rodas aro 18 (opcionais) da versão avaliada garantem boa estabilidade. A versão básica terá rodas de aro 17 e pneus 225/50. Nem mesmo quem viaja no banco de trás pode reclamar, já que há bom espaço para a cabeça, mesmo com o teto baixo de cupê. Isso porque os bancos também são baixos. Por fim, vale perder alguns minutos admirando o teto solar panorâmico - um para os ocupantes da frente, outro para quem viaja atrás.
De tão diferente, fica difícil elencar os concorrentes do DS5. “Podemos pegar desde o dono de um Hyundai Sonata até o de um Audi A3”, acredita Francesco Abbruzzesi. Apesar do dedenho exótico, o modelo será oferecido apenas nos "manjados" tons cinza, preto e branco. A expectativa da Citroën é vender 500 unidades por ano. A única certeza por enquanto é que, de tão arrojado, certamente o DS5 não é desse mundo.
Fonte: http://revistaautoesporte.globo.com

sábado, 8 de dezembro de 2012

NOVO FORD ECOSPORT GANHA VERSÃO 4X4, POR R$ 66.090 PARA NÃO TREMER DIANTE DA LAMA


Nova geração do crossover passa a contar com sistema de tração integral, associado ao motor 2.0 Duratec e ao novo câmbio manual de seis marchas


Ford Ecosport 4x4 (Foto: Ford)
Nascido com roupagem de jipinho, o Ford EcoSport escapou da acusação de ser um mero “poser” graças à versão com tração integral. Na segunda geração, não será diferente. Mesmo assumindo o seu lado crossover, o EcoSport agora passa a contar também com opção 4X4. Ao contrário do modelo equipado com câmbio automatizado Powershift, o Eco mais aventureiro só está disponível na versão Freestyle, ou seja, só com câmbio manual, de seis marchas.
O modelo parte de R$ 66.090 e tem como opcionais apenas bancos de couro e airbags laterais do tipo cortina, o que eleva a etiqueta de preço para R$ 69.790. O valor salgado garante ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico, sistema de som com CD/MP3, assistente de partida em rampas, freios ABS com EBD, controles eletrônicos de tração e de estabilidade e duplo airbag.
Do Ford Escape, crossover estrangeiro que sempre serviu de musa para o EcoSport, veio mais do que o estilo. O primo emprestou o novo sistema de tração integral, que não é mais do tipo sob demanda. Isso não quer dizer que o Eco tenha se tornado muito mais valente. É que o novo sistema repassa normalmente um porcentual bem menor de força para as rodas traseiras.
A eletrônica dá uma força. Capaz de fazer até 60 cálculos por segundo e de reenviar o torque para o eixo posterior em 0,1 segundo, a tração integral também pode ser ajustada pelo botão 4WD no painel, que aumenta o repasse de força para trás. Não é o suficiente para dar ao Eco autoestima suficiente para chafurdar no primeiro lamaçal, mas já dá a ele uma dose extra de coragem para brincar na terra.
Ford Ecosport 4x4 (Foto: Ford)
Sem contar com marcha reduzida, o Ford se vale de outras soluções. O novo câmbio de seis marchas tem as cinco primeiras bem mais curtas. Para se ter uma idéia, a relação da sexta marcha equivale à quinta do modelo 4X2. Em razão do novo eixo traseiro, muda também o novo esquema de suspensão multilink, bem mais sofisticado do que o arranjo por eixo de torção do Eco convencional.
No teste off-road preparado em Itatiba (SP), a maioria dos obstáculos não meteria muito medo em carros de passeio convencionais. Contudo, em trechos mais enlameados, o sistema 4X4 mostrou o seu valor e permitiu que o Eco seguisse adiante sem atolar. Andando mais forte sobre pisos de baixa aderência, o aventureiro agarrou bem no piso. Ajudam o novo arranjo de suspensão traseira independente e as rodas aro 16 calçadas em pneus 205/60, que não são de uso misto.
O ajuste de suspensão não deixa o carro rolar muito nas curvas, sem, contudo, ser do tipo que massacra os rins dos ocupantes. O ajuste está bem equilibrado entre o conforto de rodagem e a esportividade. Em pisos muito esburacados, o conforto foi quebrado apenas por alguns ruídos parasitas que surgiram na cabine.
Ford Ecosport 4x4 (Foto: Ford)
Ajuda no prazer ao dirigir a direção assistida eletricamente. Ela é macia em manobras e baixas velocidades, e tem peso correto em altas, com boa sensação de centro de volante. Da mesma forma, o novo câmbio agrada. Os engates são curtos e precisos, e a primeira marcha 17% mais curta já é suficiente para arrancar em ladeiras. Nisso também ajuda o assistente de partida em rampas, que deixa acionado o freio durante três segundos para você poder arrancar sem queimar a embreagem ou passar vergonha.
O motor é o conhecido 2.0 16V Duratec de 141/147 cv de potência a 6.250 giros e 18,9/19,7 kgfm de torque a 4.250 rotações. Nas trilhas, ele se mostra mais que suficiente para o conjunto. Encara ladeiras em terceira e garante retomadas certeiras. Com quatro passageiros, a coisa muda um pouco de figura. É que o EcoSport 4WD tem peso de 1.404 kg, quase 100 kg a mais que o 2WD, o equivalente a um passageiro mais fornido. Ainda assim, os números indicados pela fábrica são bons: 10,9 segundos na aceleração de 0 a 100 km/h e velocidade máxima de 180 km/h.
Fonte: http://revistaautoesporte.globo.com