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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Segredo: novo Siena pronto para a estreia


Sedã chega às lojas em março bem diferente do Palio

Editora Globo
Imagens em 3D da versão final permitiram ao nosso ilustrador Renato Aspromonte produzir as fiéis projeções
Era para o Fiat Siena ter sido lançado logo após o Palio, ainda no final do ano passado. Mas agora, finalmente, a data de estreia está marcada: o modelo chega às lojas em março. Porém, você não precisa esperar até lá para conhecê-lo. AE teve acesso a imagens em 3D da versão final do sedã, o que permitiu ao nosso ilustrador Renato Aspromonte produzir as fiéis projeções que ilustram esta reportagem.

Quem espera um simples sedã do
Palio vai se surpreender. A exceção é o painel, que é quase o mesmo (exceto pelas saídas de ar, que são circulares no Palio e quadradas no Siena). O três volumes terá maior distância entre-eixos para garantir espaço extra no banco de trás. Segundo informantes, o porta-malas vai crescer um pouco, mas não chegará ao tamanho do compartimento do Chevrolet Cobalt, o rival a ser batido nesse quesito.
Editora Globo
A traseira do novo Siena mantém as lanternas horizontais, mas terá um conjunto bem mais estiloso que o atual
Por fora, apenas as portas dianteiras serão comuns ao Palio. Faróis, capô e grade têm formato inédito, enquanto a porta traseira lembra a do Linea, com direito a janelas espia nas colunas. A traseira manterá as lanternas horizontais, mas terá um conjunto bem mais estiloso que o atual. Já a parte mecânica será comum ao hatch, à exceção do motor 1.0. Como o Siena cresceu, não haverá versão “mil”.

O modelo de entrada será o atual EL 1.0, com a carroceria antiga, embora com leves retoques visuais. Já a versão
Fire sai de linha. O novo sedã terá apenas motores 1.4 Evo (88 cv) e 1.6 16V E.torQ (117 cv), o segundo com opção do câmbio automatizado Dualogic. Ao contrário do que parte da imprensa chegou a especular, não haverá versão 1.8 16V. O motivo? Ela fatalmente canibalizaria o Linea.



Editora Globo
Exceto pelas saídas de ar quadradas ao centro, interior do novo Siena é praticamente o mesmo do novo Palio
Fonte:  http://revistaautoesporte.globo.com

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Teste WebMotors: Fiat Uno Economy honra sobrenome, mas não tradição

Versão é a mais econômica do Novo Uno, mas ainda fica aquém de seu antecessor

(27-01-12) – Eis uma nova versão de um hatch compacto, com mudanças cosméticas e mecânicas, visando melhorar o consumo de combustível. Você já viu isso em carros 1,0L (Fiat Mille Economy e Gol Ecomotion) e 1,6L (Linha BlueMotion da VW). Mas e em carros 1,4L? Bem, essa é a ideia do novo Fiat Uno Economy: oferecer economia por um preço razoável e sem a letargia de um carro mil.

Para isso a Fiat tomou como base a versão Attractive de seu compacto e passou a tarefa de desenvolver o modelo para duas áreas em sua fábrica em Betim (MG). A equipe de marketing ficou com o trabalho mais fácil: tabelou o carro com um preço competitivo (R$ 28.350 na versão duas portas e R$ 30.190 na quatro portas) e adicionou um medidor de consumo analógico no painel, chamado de “econômetro”. Ah, o nome do carro no porta-malas ganhou fundo verde, também.

Já o time de engenharia gastou mais tempo. Debaixo do capô o motor 1,4L de até 88 cv teve a injeção eletrônica e o acelerador de combustível reprogramados. O câmbio teve seu diferencial alongado e os pneus tiveram a pressão aumentada, enquanto a suspensão foi rebaixada em 1 cm para diminuir o arrasto aerodinâmico.

Dureza de ser
O discurso oficial da Fiat é que todas as mudanças foram feitas de olho exclusivamente na economia de combustível. Se isso é mesmo verdade, ela conseguiu corrigir outros problemas do Uno por tabela. O carro perdeu parte daquela moleza em curvas e ganhou mais agilidade no trânsito urbano.

Sim, o diferencial foi alongado visando reduzir as rotações do motor – em especial nas estradas. Só que o remapeamento da injeção e do acelerador fizeram com o que o motor respondesse mais rápido aos desejos do motorista, com torque crescente a partir das 2.000 rpm (chegando ao pico de 12,5 kgfm a 3.500 rpm usando etanol).

Além disso a suspensão mais baixa e os pneus com 35 libras de pressão (contra 28 do Uno Attractive) contornaram aquela sensação de navegar característica do novo Uno. Mas não exagere: ainda se trata de um hatch compacto com teto elevado (1,49 m) e pneus estreitos (175/65 R14). Ah, e a contrapartida disso é que o dono de um Uno Economy notará buracos que passariam despercebidos por um Attractive.

Olho na bomba
Bem, estão aí dois motivos para andar mais devagar com o Uno. O prêmio pela paciência é dado pelo discreto ponteiro no painel, que indica se o motorista está gastando muito ou pouco combustível através de uma simpática escala laranja e verde. Mas todo o esforço do WebMotors em manter a agulha na parte mais baixa do indicador não resultou em um índice impressionante.

Em nosso ciclo urbano, com o ar-condicionado ligado em 50% do tempo, o Uno Economy cravou 9,2 km/l com etanol. Índice notável em relações à alguns de seus (beberrões) rivais, mas distante dos 11,3 km/l divulgados pela Fiat. Tudo bem, os índices de fábrica são feitos quase em CNTP, mas esperávamos mais do Uno – ainda mais quando se tem o mesmo nome do econômico Mille.

Mirou em um, acertou em outro
Mas a Fiat não precisa tirar o sobrenome Economy do Uno. Ele pode até não ser muito econômico na hora de abastecer, mas é na hora de comprar. Seu concorrente mais próximo, o Peugeot 207, custa R$ 3.530 a mais do que o Uno Economy equipado com os mesmos acessórios (ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas). Além disso o Uno tem a seu favor o projeto mais moderno e mais opções de cores sólidas – cinco, contra duas do 207. O Chevrolet Corsa (R$ 35.083 com os mesmos acessórios) seria um concorrente de peso, mas sua produção tem data marcada para acabar.

FICHA TÉCNICA – Fiat Uno Economy 2012
MotorQuatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, 8 válvulas, 1.368 cm³
Potência85 cv (gasolina) / 88 cv (etanol) a 5.750 rpm
Torque122 Nm / 12,4 kgfm (gasolina) / 123 Nm / 12,5 kgfm (etanol) a 3.500 rpm
CâmbioManual, com cinco marchas
TraçãoDianteira
DireçãoPor pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica opcional
RodasDianteiras e traseiras em aro 14” de aço (liga-leve de 14'' opcional)
PneusDianteiros e traseiros 175/65 R14
Comprimento3,77 m
Altura1,48 m
Largura1,64 m
Entre-eixos2,38 m
Porta-malas280 l
Peso (em ordem de marcha)914 kg (2P) / 925 Kg (4P)
Tanque48 l
SuspensãoDianteira independente, tipo McPherson; traseira dependente, tipo eixo de torção
FreiosDisco sólido na dianteira e tambor na traseira, ABS opcional
PreçoR$ 28.350 (2P) a R$ 30.190 (4P)

Fonte:  http://www.webmotors.com.br 
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domingo, 29 de janeiro de 2012

Chegaram as férias! Veja mitos e verdades sobre como proceder no litoral

Descubra se pode dirigir de sunga ou se seu carro consome mais na hora de curtir uma praia!


As férias chegaram, e, com elas, as tradicionais recomendações antes de viajar. Mas e quando estamos lá? O carro requer algum cuidado especial? Existem regras de trânsito diferentes? Descubra essas e outras dúvidas nos dez mitos praianos levantados – e solucionados – pelo WebMotors!

1 – É proibido dirigir descalço
Apesar de muita gente dizer o contrário, é permitido, sim, dirigir com os pés em contato direto com os pedais. O que não pode é usar calçado sem apoio no calcanhar.Isso porque, de acordo com o Art. 252, Inciso IV do Código de Trânsito Brasileiro, é proibido dirigir o veículo “usando um calçado que não se firme no pé ou que comprometa a ação dos pedais”. Guiar descalço pode ser até desconfortável para alguns, mas é melhor do que tomar uma multa de R$ 85,13 e levar 4 pontos na carteira....

2 – É proibido dirigir de sunga ou biquíniPara alegria dos marmanjos (e tristeza das esposas que preferem não ver a barriga do marido), o CTB não possui nenhuma restrição em relação à vestimenta do condutor ou dos passageiros. Ou seja, na hora de sair da praia, a única recomendação é colocar uma toalha ou similar no banco, para evitar que a espuma fique molhada – e depois bata aquele cheiro de cachorro molhado nas semanas seguintes. Ah, uma curiosidade: levado à risca, o CTB não proíbe nem que se dirija pelado. Mas antes que seus pensamentos libertinos aflorem, vale lembrar que atentado ao pudor ainda é crime!

3 – É proibido andar com o carro na praiaAqui a resposta varia de acordo com a região. O Código de Trânsito Brasileiro não possui restrição para o tráfego de veículos na faixa de areia. Contudo, para garantir a segurança dos banhistas, diversos municípios proíbem o tráfego de automóveis nas praias, incluindo os de uso recreativo, como quadriciclos. Por outro lado, há cidades que não só autorizam como regulamentaram o uso de carros na praia, em especial os tradicionais buggys que cruzam as dunas do Nordeste. Nesses locais, há placas e balizas sinalizando onde os carros podem (e não podem andar). Na dúvida, não vá, até porque....

4 – Água salgada estraga o carroA não ser que seu carro seja um bacalhau, o sal não irá ajudar a preservá-lo. Muito pelo contrário: associado à maresia, o sal ataca a lataria do carro, provocando corrosão precoce do material. Lembra-se daquele fogão velhinho (mas inteiro) que você levou pra casa de praia ano passado e agora está se desintegrando? Pois é, o mesmo pode ocorrer com o automóvel. Para evitar que seu possante vire uma caixa de ferrugem sobre rodas após as férias, aguarde a última dica de nosso guia!

5 – O consumo do carro muda na praiaSe você apostou com seu cunhado que o consumo não muda, má notícia: muda sim. Mas é fácil economizar o dinheiro para pagar uma caixa de cerveja para seu parente, pois a boa notícia é que o carro fica mais econômico perto do mar. “Quanto maior a pressão atmosférica, mais ar é admitido pelo motor, melhorando a combustão e reduzindo o consumo de combustível”, afirma Alfredo Guedes, supervisor de relações institucionais da Honda. Mas não aposte muito alto, pois, segundo Guedes, a diferença é quase imperceptível, pois a injeção eletrônica adapta o funcionamento do motor automaticamente. O lado bom é que a recíproca é verdadeira, então falar que o carro gasta muito para explicar sua recusa para uma viagem nas montanhas é uma boa justificativa.
6 – É proibido ouvir música alta do lado de fora do carroComo é pouco provável que as outras pessoas compartilhem de seu gosto musical, o CTB restringe o uso de equipamentos sonoros no automóvel nos artigos 227 e 228. Do uso da buzina ao volume do ‘pancadão’, tudo está sujeito às restrições legais, inclusive indo além da infração de trânsito. Se o aspirante a cantor/dançarino abusar do volume, pode ser enquadrado pelo artigo 42 da Lei 3.688/41, pois estará perturbando o sossego alheio com instrumento sonoro ou acústico. Como não há restrição para o mau-gosto, aquele seu vizinho ainda pode ouvir a música favorita dele, alta, dentro do carro, mas com os vidros fechados e em um lugar deserto. Só avise-o para tomar cuidado com a surdez precoce.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Novo Cruze hatch. Estreia em abril


Novo médio da GM tem bem mais atributos que o antecessor Vectra GT


  Divulgação
Chevrolet Cruze hatch já está à venda na Argentina desde o fim de 2011; estreia no Brasil será em abril
Depois de lançar (com sucesso) a versão sedã do Cruze no fim de 2011, a General Motors prepara a chegada da variação hatch, prevista para este início de 2012 – nossa aposta é abril. O modelo vai substituir o Vectra GT, que parou de ser produzido sem deixar muita saudade no consumidor brasileiro. Na Argentina, porém, o hatch já está à venda, importado da Coreia do Sul. E foi lá que aceleramos a novidade.

Uma das chaves do sucesso mundial do sedã Cruze é o bom nível de equipamentos, a qualidade construtiva, o comportamento satisfatório e o conforto elevado para um modelo de médio porte. Agora, o Chevrolet chega em versão hatchback, 9 cm mais curta que o sedã em comprimento, mas com 4 cm a mais de altura na parte onde vão os passageiros traseiros, devido ao caimento suave do teto. 

Editora Globo
Assim como o sedã, o Cruze hatch aposta na boa relação custo/benefício e em uma construção sólida
O desenho é sólido e moderno, digno de representar a General Motors em todo o mundo. As rodas de 17 polegadas da versão LTZ (avaliada) contribuem com o visual arrojado. A generosa distância entre-eixos favorece o espaço, até mesmo no porta-malas, de 413 litros. Um inconveniente é que a borda de carga fica a 72 cm do solo e há um desnível muito grande entre a borda e o assoalho do bagageiro, o que dificulta as operações de carga e descarga. 

No interior pode-se apreciar um estilo inovador, com grande variedade de apliques metálicos na versão topo de linha. Os materiais são de boa qualidade em geral, ainda que certas peças plásticas não transmitam tanta solidez quanto o restante do conjunto. A postura frente ao volante é bastante confortável, já que os pedais têm profundidade correta e o volante pode ser regulado em altura e profundidade. 

  Divulgação
Materiais empregados no painel e ergonomia agradam de modo geral; comandos ficam bem posicionados
Todos os comandos têm bom acesso, e a pegada do volante é digna de nota. Os comandos do console central estão bem distribuídos e têm tamanho adequado, assim como display superior, que traz informações sobre climatização, áudio e configurações. O nível de equipamentos é bom, embora faltem alguns elementos importantes, como porta USB e Bluetooth. O espaço interno é amplo, e sensivelmente mais cômodo no banco de trás. 

O motor usado na Argentina é o mesmo Ecotec 1.8 16V do Cruze brasileiro, mas no país vizinho ele só bebe gasolina, e rende 141 cv. A transmissão automática de seis marchas tem seletor que permite acionamento manual, com trocas suaves. A GM divulga aceleração de 0 a 100 km/h em 11,7 s e velocidade máxima de 186 km/h. Embora sejam bons números, o desempenho nas retomadas deixa um pouco a desejar, pois o torque máximo só aparece em rotações elevadas. No Brasil, a potência chegará a 144 cv com etanol. 

Editora Globo
A suspensão do Cruze hatch privilegia o conforto, mas não compromete a estabilidade, sobretudo em rodovias
Dinamicamente, as leves inclinações nas curvas se devem a um sistema de amortecimento orientado ao conforto. O terreno predileto do Cruze hatch são as rodovias, onde nunca se desconecta o controle de estabilidade. Na cidade, ao contrário, as rodas aro 17 e os pneus de perfil baixo mostram certa aspereza ao passar por imperfeições. 

Os candidatos a brigar com o Cruze hatch são o Ford Focus, o Fiat Bravo, o Hyundai i30 e o futuro Peugeot308, que chega em março (leia aqui). Mas não espere preço de combate. Quem aguarda um Cruze hatchmais barato que o sedã, é bom não se animar muito. Na argentina, ele custa apenas 2% menos que o três volumes, o que projeta um preço básico de R$ 66.500 no mercado brasileiro. 


  Divulgação
Cruze hatch deve ter preços bem próximos aos do sedã no Brasil; modelo "básico" deve partir de R$ 66.500

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Peugeot anuncia 408 turbo por R$ 83.490

Nova versão top de linha do sedã médio tem vendas previstas para março

Editora Globo
Peugeot 480 THP (turbo) chega ao mercado brasileiro em março com o preço sugerido de R$ 83.490
O site oficial da Peugeot brasileira já anuncia a nova versão do 408, agora com motor THP (turbo). As unidades ainda não chegaram às lojas, mas o seu valor está confirmado: R$ 83.490. Segundo concessionárias procuradas por Autoesporte, as vendas só começam em março e as reservas ainda não podem ser feitas. O 408 estreou no início de 2010, substituindo o 307 Sedan, que não fez sucesso no Brasil.

Com o acabamento Griffe, o 408 turbo usa o mesmo conjunto motor/câmbio que o crossover Peugeot 3008. O bloco 1.6 litro tem injeção direta de combustível e produz 165 cv e um torque de 24,5 mkgf, acoplado ao câmbio automático sequencial de seis marchas. Segundo a Peugeot, o sedã tem velocidade máxima de 213 km/h e acelera de zero a 100 km/h em 8,3 segundos. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Palio X Sandero: compactos duelam nas versões “mil”

Novo Fiat esbanja estilo, enquanto o Renault aposta no espaço interno

Editora Globo
Fiat Palio mudou por completo após 15 anos e Renault Sandero vive seu melhor momento desde a estreia
Se no fim de 2007 alguém me perguntasse se o recém-lançado Renault Sandero faria frente ao Fiat Palio, sobretudo nas vendas, eu provavelmente afirmaria categoricamente que não. Mas veja como o tempo muda os cenários... Após a reestilização de meia vida, em junho passado, o hatch da marca francesa viu suas vendas decolarem. Em novembro agora, foram 8.067 emplacamentos contra 10.262 do rival da Fiat – marca surpreendente. Mas, afinal, o que fez o Sandero embalar? Alguns dirão que foi o design. Para mim, foi a evolução do interior. O painel ganhou charme e soluções mais funcionais. 

Nos últimos cinco meses, o Sandero foi a sensação, o carro que mais avançou nas vendas entre os compactos da faixa dos R$ 30 mil. E o Palio? Ah, a velha geração (de 1996) já não esboçava reação há tempos. Vinha literalmente fazendo o “feijão com arroz”, brigando ali na relação custo/benefício. Dessa forma, a montadora italiana não podia mais esperar: promoveu a maior mudança da história do seu hatch compacto (tão querido e rentável). O Palio simplesmente mudou por completo, deixando plataforma, desenho e todo o resto no passado. E a pergunta é: será o Sandero capaz de rivalizar com o novo Palio

Editora Globo
Reestilização em junho passado deixou o Sandero mais atraente, mas a nova geração do Palio é mais arrojada
Impressões sensoriais 

O design dos carros é sempre algo muito subjetivo. Terão os que amam e os que odeiam. Palio e Sanderocertamente não fogem à regra. Confesso que nunca fui admirador do visual do Renault. E as últimas reestilizações do Fiat me decepcionaram em estilo. A nova geração do modelo, no entanto, é divisora de águas: o Palio ficou belo. Suas linhas ganharam elegância. A única parte da carroceria que ainda não me seduziu foram as lanternas. Mas as peças têm estilo! No Sandero, a mudança estética recente foi fundamental. ORenault também embelezou. 

Contudo, a mim o Palio parece mais atraente por fora, e por dentro também. Essa nova geração guarda poucas semelhanças com a anterior. O painel tem formas próprias e divertidas. Confesso que o acabamento me desapontou um pouco, as rebarbas aparentes continuam, mas estão menos evidentes. Os encaixes também melhoraram bastante, exceção da tampa do porta-luvas, que segue pobre. E os comandos em geral estão bem posicionados. O espaço interno é outro aspecto que melhorou bastante, especialmente no banco traseiro – mas nada revolucionário, diga-se. 

Editora Globo
Painel do Palio é mais envolvente, com traços modernos e várias texturas peça inteiriça do Sandero é "careta"
Comparando o Palio com o Sandero no quesito espaço, a briga fica desonesta. O hatch compacto da Renault tem proporções de carro médio. Só o entre-eixos, por exemplo, já indica a diferença: são 2,59 metros doSandero contra 2,42 m do Palio (17 centímetros a menos). O porta-malas também é privilegiado, com 318 litros versus 292 litros do Fiat, ambos aferidos por Autoesporte. O principal problema do Sandero é a simplicidade. Mesmo com os retoques estéticos, seu painel e o revestimento interno são bem mais modestos. Além disso, a lista de equipamentos é consideravelmente menor. É um carro mais basicão.

Editora Globo
Espaço interno no novo Palio cresceu bastante, mas segue mais "apertado" que no Sandero; em compensação bancos do Fiat são mais ergonômicos que os do Renault, que, em contrapartida, leva melhor três adultos
Relações custo/benefício


Apesar de serem rivais diretos, sobretudo após a renovação do Palio, os dois hatchs compactos guardam grandes diferenças quando o assunto é preço versus lista de série. Comparado ao Renault, o modelo da Fiat fica muito mais sofisticado à medida que o volume de opcionais cresce. Ao mesmo tempo, o Palio parte de baixo em relação ao Sandero Expression avaliado: tem preço inicial de R$ 30.990, enquanto o adversário começa em R$ 31.590. No entanto, da forma como chegaram à redação de Autoesporte (completos), tudo muda. O Palio vai a salgados R$ 41.793 e o Sandero, a R$ 38.700.

Ou seja, na prática o hatch da Fiat pode ser muito mais caro. Mas o modelo da Renault é muito mais simples, ficando a escolha a critério do freguês. Levando em consideração que este comparativo traz as versões equipadas com motores de 1.0 litro, tanto Palio quanto Sandero ficam salgados para o bolso. A diferença é que o Fiat parece mais refinado, muito por causa do belo e estiloso painel e a lista de equipamentos mais sofisticada. É possível instalar, por exemplo, sensores de luminosidade e de chuva, abertura elétrica da tampa traseira no escudo da Fiat e um sistema de som de melhor qualidade.



Sem opcionais, Palio Attractive e Sandero Expression vêm quase "pelados" de fábrica; direção hidráulica é de série nos hatchs e o Fiat traz computador de bordo e sistema Follow me home, que mantém as luzes acesas por alguns segundos

Editora Globo
Sandero tem bitolas maiores e é mais estável em retas e curvas; Renault fez um ajuste agradável da suspensão
Impressões ao volante 

Briga de carros “mil” é sempre angustiante. Primeiro porque as diferenças de potência e torque são quase sempre mínimas. Segundo, porque os desempenhos não empolgam. Com Palio e Sandero, vale a tese. Em performance, ambos deixam a desejar. O Renault, por exemplo, tem um pouquinho mais de força sob o capô. Seu bloco 1.0 16V flex produz 76/77 cv (gasolina/etanol) a 5.850 rpm e 9,9/10,1 kgfm de torque aos 4.350 giros. No Fiat, o motor 1.0 8V flex gera 73/75 cv aos 6.250 rpm e 9,5/9,9 kgfm a 3.850 rotações, na mesma ordem. Só que o Palio pesa 999 kg e o Sandero, 1.025 kg. 

Para fazer o tira-teima, só observando os números de teste. As diferenças, claro, são mínimas. Para arrancar de 0 a 100 km/h, o Palio levou longos 18,5 segundos, mais que os 17,4 segundos feitos pelo Sandero. Já nas retomadas de 60 km/h a 100 km/h em 4ª marcha, a vantagem muda de lado: o Fiat levou 14,4 segundos contra 17,5 segundos do Renault. Os consumos de ambos (com etanol) empolgam mais. Na cidade, deu empate com ótima média de 9,1 km/l. Na estrada, o Palio fez 10,2 km/l contra 12,6 km/l do Sandero. E os consumos mistos foram razoáveis, 9,6 km/l e 10,7 km/l, na ordem. 

Editora Globo
Palio avançou muito no quesito "equilíbrio dinâmico", mas o ponto alto é a calibração acertada da direção
Ao volante, as dimensões maiores do Sandero sempre deixaram o modelo em vantagem sobre os compactos do segmento, em geral. O hatch da Renault tem as bitolas (distância entre as rodas do mesmo eixo) mais largas, o que favorece a estabilidade – faz com que a carroceria incline menos. Desde a primeira vez que dirigi o Sandero me surpreendi com o equilíbrio dinâmico do modelo. Outro aspecto positivo é que a Renault encontrou um ajuste acertado da suspensão, deixando o conjunto mais macio sem comprometer o equilíbrio. Diante do Palio antigo, o Sandero era indiscutivelmente superior no aspecto. 

Por essa razão, minha curiosidade estava totalmente sobre o Palio. E a conclusão é de que a engenharia da Fiat acertou a mão desta vez. O hatch da marca italiana está consideravelmente mais firme sobre o asfalto e faz curvas sem inclinar tanto como antes. O rodar em retas também está mais equilibrado, com respostas mais diretas aos movimentos do volante. O endurecimento das molas só compromete um pouco o conforto quando se trafega por pistas muito castigadas. Nesse quesito, o Sandero é melhor, mais suave e estável. Mas o Paliotem um ajuste melhor da direção e diverte mais o condutor. 

Editora Globo
Desempenho dos motores 1.0 litro de Palio e Sandero são páreos; nenhum deles confere grande agilidade
Moral da história 

Toda vez que testo carros mais acessíveis me pergunto qual deles eu compraria. Neste caso, escolheria o novoPalio, por gostar mais do design externo e interno – o Fiat é visualmente mais moderno e refinado. Mas apesar do ambiente simplório, não há como negar que o Sandero é superior em conforto, especialmente em relação ao espaço interno e à suspensão. O hatch da Renault também possui maior robustez física. O Palio é mais elegante e atlético. Mas o ponto determinante no comparativo foi a direção mais divertida e precisa do Palio. A Fiat conseguiu refinar a estética do hatch e também a engenharia. 

Editora Globo
Novo Palio saiu-se vitorioso nos detalhes; reestilização embelezou o Sandero, mas simplicidade do projeto pesou