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terça-feira, 29 de novembro de 2011

NISSAN LANÇA NOVO POP, VEJA O TESTE

FONTE: http://motor4.com.br/site/?p=3484


O discurso da Nissan do Brasil a respeito do seu novo modelo popular com motor 1.0 flex é bonito. E também correto. De acordo com ele, o Nissan March é o primeiro produto sobre a nova Plataforma V (de versátil), que será a base para futuros modelos da marca, e que incorporará novos padrões de construção, segurança, desempenho e acabamento para o segmento de entrada e também para outros segmentos de maior tamanho. É um projeto completamente dentro do século 21, com a missão de elevar a posição atual da Nissan no país, atuando em uma parcela três vezes maior do mercado nacional. Uma prova de que se trata de um conceito diferenciado para o projeto de um novo modelo, o processo de manufatura inverteu a cadeia de desenvolvimento, começando com os componentes dos fornecedores até chegar no veículo, totalmente idealizado no computador.
O Nissan March será vendido no Brasil em duas opções de motores, 1.0 e 1.6, e quatro versões de equipamentos, a básica, a S, a SV e a SR. O March 1.0, que está sendo lançado agora, está disponível na versão de entrada – que custa R$ 27 790 – e na 1.0S, mais equipada, que custa R$ 33 390. O March 1.6S, que tem a mesma configuração do 1.0S, terá preço de R$ 35 890, mas será lançado apenas em novembro. As duas versões superiores são o March 1.6 SV e o 1.6 SR, ainda sem preços definidos.
A melhor surpresa que veio com o March é a disponibilidade do airbag duplo de série em todas as versões, inclusive a de entrada. Esse equipamento, mais o computador de bordo, o ar quente e a regulagem de altura do banco do motorista, fazem do Nissan March 1.0 uma opção bastante interessante para quem vai comparar preços entre todos os modelos 1.0 básicos.
O March 1.0S, esta versão avaliada, tem ainda controle remoto para abertura e travamento das portas, ar-condicionado, limpador e desembaçador traseiro, direção elétrica, espelhos retrovisores com ajuste elétrico, vidros dianteiros e traseiros elétricos, volante com regulagem de altura, limpador de para-brisa de 9 velocidades e travamento automático das portas com o movimento do veículo. É bastante conteúdo para um acréscimo de R$ 5 600, provavelmente fazendo desta versão a mais vendida do line-up do modelo. Por mais R$ 2 500 chega-se ao 1.6S, com mesmo conteúdo, mas com motor bem mais potente (111 cv).
O Nissan March 1.0 pode, no entanto, receber alguns desses itens como equipamentos opcionais.
Na avaliação do carro testado, a primeira impressão é a visual. Sem muitas surpresas, afinal o carro já era conhecido, inclusive dinamicamente, graças ao InovaShow, que a Nissan está fazendo por todo o Brasil já há algum tempo. Nesse test-drive itinerante, o público pôde experimentar tanto o March quanto o elétrico Nissan Leaf.
Esteticamente o March é agradável, apesar de seu visual um tanto retrô, com cantos e componentes arredondados. O mais inusitado nesse aspecto é o desenho do teto e seus bumerangues, além do recorte circular das portas traseiras. Os arcos no teto servem para aumentar a rigidez da estrutura e assim poder reduzir e espessura da chapa e o peso final.
Como resultado dessa inovação, o centro de gravidade do March pôde ficar mais baixo do que o usual, melhorando sua estabilidade. Esses arcos têm também função aerodinâmica, reduzindo o ruído provocado pelo ar. No final do teto há uma elevação para direcionar o fluxo do ar. Essa solução, mais alguns pequenos detalhes nos retrovisores e spolier, resultaram em um coeficiente de forma de 0,33, valor interessante para um carro popular.
Internamente, o carro é simples, mas bem resolvido. A ergonomia, que é o mais importante, foi respeitada e o condutor encontra facilmente uma boa posição de dirigir, com a regulagem de altura do banco e do volante.
Os bancos dianteiros têm suportes laterais alargados e espuma de maior densidade, para melhorar o conforto de condução. Ficou bom. Destaque para o espaço para as pernas dos passageiros traseiros. Só que o do meio não tem nem cinto de três pontos nem encosto de cabeça.
O carro testado tinha um rádio instalado à parte, uma vez que nessa configuração o March não tem esse aparelho nem como opcional. O March 1.6SV e o March 1.6SR têm, de série, rádio de dupla altura (2DIN) com CD, MP3 e entrada auxiliar. O grupo dos comandos do ar-condicionado também tem formas pouco usuais.
Na avaliação dinâmica, o motor 1.0 de 16 válvulas – o mesmo bicombustível que equipa os modelos da Renault  – mostrou bastante disposição para uso urbano, mesmo carregado.
Produzido na fábrica Nissan-Renault de São José dos Pinhais, PR, o motor tem 74 cv de potência e 10 kgfm de torque. O câmbio manual de 5 marchas tem trocas um pouco secas, mas o escalonamento é bom. Já o motor 1.6, que equipará as versões superiores do March, é produzido pela Nissan no México, também é flex e tem potência de 111 cv e torque de 15,1 kgfm.
Apesar de eficiente, o 1.0 flex é meio barulhento. O acelerador é eletrônico e isso acarreta efeitos às vezes incômodos, como quando a rotação do motor sobe exageradamente ao trocar de marchas ascendentemente. Isso devido ao compromisso de redução de emissões poluentes.
Mas barulhento mesmo é o ronco da transmissão, principalmente saindo em primeira marcha. Isso, porém, só incomodou nos primeiros dias, depois acabou acostumando.
No geral, a dirigibilidade do Nissan March é excelente, com destaque para a agilidade de seus menos de 1 000 kg de peso em todas as versões. Compacto, tem 3,78 m de comprimento e raio de giro de 4,5 m.
O Nissan March chega ao Brasil em um momento bastante favorável para os modelos populares produzidos no Mercosul, com uma relação custo/benefício muito competitiva em relação à sua concorrência direta, graças ao airbag e outros detalhes exclusivos de série. Apesar de novidade por aqui, o Nissan March estreou esta sua quarta geração há apenas um ano, sendo produzido atualmente na Tailândia, na Índia, na China e no México, de onde vem a nossa versão.

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